MP9 - O pastor e o político

Ao subir no púlpito, um velho pastor presbiteriano observa que Giba, um vereador conhecido na cidade, está sentado na penúltima fileira da igreja. Todos ali sabem que o político é acusado de desviar dinheiro da merenda escolar.

Para não se perder em seus pensamentos, o pastor de limita a ler o esboço do sermão. Enquanto prega sobre a fidelidade de Abraão, uma oração toma seu coração:
"Senhor, muito obrigado por ser pastor desta igreja e não nunca ter me envolvido com essa sujeirada da política. Agradeço porque não sou como esses malandros que roubam o povo depois aparecem na igreja com cara de santo. Continuarei a ser fiel em tudo o que o Senhor colocar nas minhas mãos."

Enquanto o pastor prega, Giba abaixa a cabeça. Não está acostumado a ir a igreja, não sabe muito bem como se comportar. Sente-se envergonhado por reconhecer seu erro e sabe que foi este sentimento que o trouxe a igreja naquela manhã. Mal ouve as palavras do pastor. Sua mente repete, incessantemente, a frase: "Eu errei, me perdoe."

O culto acaba a ambos voltam para casa. Enquanto almoça, o pastor reclama a presença do corrupto em sua igreja: "Deve ter aparecido para pedir votos, o safado". Com ar sereno no rosto, Giba diz a sua família que irá a corregedoria na segunda-feira confessar seu crime.

Mensagem captada pela Parabólica de Lucas 18.10-14